Em análise no STF, fim de manicômios pode aumentar violência e desumanizar tratamentos

A medida do CNJ enfrenta resistência e levanta preocupações em várias frentes

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Em análise no STF, fim de manicômios pode aumentar violência e desumanizar tratamentos
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A proposta de encerrar os manicômios judiciários, conforme a Resolução 487 do CNJ, gerou grande apreensão no setor da psiquiatria e na sociedade. Com a decisão do Supremo Tribunal Federal em pauta, médicos e especialistas alertam para os riscos de reintegrar à sociedade indivíduos que cometeram crimes graves e foram considerados inimputáveis por transtornos mentais. A questão, além de envolver a saúde pública, coloca em xeque a segurança da população.

Entidades como a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) se posicionaram contra a medida, apontando a falta de estrutura dos hospitais comuns para lidar com esses pacientes. Sem tratamento adequado, há temores de aumento na reincidência de crimes, taxas de suicídio e a sobrecarga do sistema carcerário. O debate não é apenas técnico, mas envolve o futuro de milhares de famílias e da segurança pública.

Enquanto o julgamento avança no STF, a sociedade aguarda com ansiedade o desfecho dessa polêmica, que pode impactar diretamente o equilíbrio entre saúde e segurança. O relator Edson Fachin ouvirá os argumentos das partes envolvidas, mas a decisão final pode determinar o futuro de centenas de pacientes e o destino de políticas públicas na área psiquiátrica.