Abril se anuncia com a previsão de greves em três categorias adicionais do funcionalismo público, podendo elevar o total para 15 setores em mobilização ou parada neste ano. Tal cenário surge em meio a impasses nas conversas sobre ajustes salariais e planos de carreira.
Educadores de instituições federais de ensino, desde a educação básica até o nível tecnológico, preveem parar suas atividades a partir do dia 3 de abril. Em sequência, professores das universidades federais também planejam cruzar os braços no dia 15 do mesmo mês. A iniciativa é sustentada pela Fonasefe, representante das entidades nacionais dos servidores públicos.
A situação dos funcionários dos Correios também merece atenção, com uma assembleia agendada para decidir sobre uma greve geral. Demandas incluem a realização de concursos públicos e melhorias nas condições laborais, além do cumprimento de acordos coletivos previamente estabelecidos, conforme indicação da Fentect.
Paralelamente, o conceito de "operação-padrão" ganha corpo, descrito pelo Fonacate como a adoção de processos burocráticos que retardam ou diminuem a eficácia dos serviços públicos. A medida já envolve 16 categorias em estado de alerta.
Em meio a essas movimentações, uma mobilização ampla está prevista para o dia 17 de abril em Brasília, buscando unificar as demandas em um protesto conjunto.
Notavelmente, enquanto a mobilização ganha força, há entidades que negam estar em greve ou não responderam aos levantamentos feitos. Este panorama sugere um período de intensa negociação pela frente, com a esperança de que diálogos produtivos possam prevenir mais paralisações e fomentar soluções equitativas.
Os setores com previsão de mobilização em abril:
- funcionários federais da educação básica, profissional e tecnológica dos Institutos Federais – greve a partir de 3 de abril;
- Professores das universidades federais;
- Correios – possibilidade de greve.
Os setores já com mobilização:
- Auditores-Fiscais Federais Agropecuários – operação-padrão;
- Susep (Superintendência de Seguros Privados) – operação-padrão;
- Carreira de Analista de Comércio Exterior – paralisações pontuais em 8,12,17 e 18 de abril;
- Auditores-Fiscais do Trabalho – em mobilização;
- Carreira de Finanças e Controle (Tesouro Nacional e CGU) – em operação-padrão;
- Carreira ambiental (ICMBio e Ibama) – paralisação;
- Abin (Agência Brasileira de Inteligência) – mobilização;
- CVM (Comissão de Valores Imobiliários) – em operação-padrão;
- Técnico-Administrativos das Instituições Federais de Ensino – greve;
- Banco Central – em operação-padrão;
- Carreira de Planejamento e Orçamento – em operação-padrão;
- Peritos Federais Agrários – em mobilização.