A “Operação Carne Fraca” revelou um esquema alarmante de revenda de 800 toneladas de carne imprópria para consumo, submersa na lama durante enchentes em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A Polícia Civil prendeu quatro envolvidos, incluindo Almir Jorge Luís da Silva, sócio da empresa Tem Di Tudo Salvados, localizada no Rio de Janeiro. A fraude consistia em maquiar a carne deteriorada para camuflar sua origem, permitindo a revenda em diversas regiões do Brasil, com lucros astronômicos superiores a 1.000%.
As investigações começaram após um frigorífico identificar lotes adulterados nas embalagens, acionando as autoridades. A empresa, que comprou os produtos alegando destiná-los à produção de ração animal, na verdade os revendia para consumo humano. Segundo o delegado Wellington Vieira, a carne avaliada em R$ 5 milhões foi adquirida por R$ 80 mil, expondo a falta de ética e os riscos à saúde pública.
Os responsáveis responderão por associação criminosa, receptação e adulteração de alimentos, crimes com penas severas. Este episódio evidencia a urgência de fiscalizações rigorosas para proteger os brasileiros de práticas desumanas e criminosas. Enquanto cidadãos, é essencial exigir transparência e responsabilidade, combatendo aqueles que colocam em risco a saúde do povo por ganância.