O pacote de ajuste fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem gerado forte rejeição entre empresários de diversos setores. No grupo de WhatsApp, as medidas foram apelidadas de “pacote Kinder Ovo”, devido às incertezas que geram sobre o futuro econômico. O ponto mais polêmico envolve a alteração do artigo sexto do arcabouço fiscal, que pode restringir o uso de créditos tributários para a quitação de dívidas caso o governo registre déficit fiscal em 2025.
Empresários têm classificado a medida como um “absurdo completo” e até mesmo um “confisco disfarçado”. A proposta permite que os créditos tributários sejam utilizados de forma parcelada até 2030, o que é visto como um empréstimo compulsório disfarçado. Essa medida pode afetar diretamente a liquidez das empresas e gerar mais insegurança no mercado.
Além disso, a proposta encontrou resistência no Congresso, especialmente após intervenções do Supremo Tribunal Federal (STF) e do ministro Flávio Dino. A falta de clareza e as dificuldades para ajustar a política fiscal geram um ambiente de incerteza, prejudicando a confiança dos investidores e empresariais.