O Fórum Jurídico de Lisboa, organizado pelo Instituto de Direito Público (IDP) do ministro Gilmar Mendes, reuniu sócios, diretores e presidentes de 12 empresas com ações no Supremo Tribunal Federal (STF). Algumas dessas ações são relatadas pelo próprio Mendes, conforme divulgado pelo Estadão. A participação dessas empresas, que custearam as viagens de seus representantes, levanta sérios questionamentos sobre a imparcialidade do STF. Especialistas ressaltam que os ministros deveriam garantir a equidade entre as partes e evitar a impressão de favorecimento.
Apesar das alegações de que não há conflito de interesses, a presença de seis ministros do STF no evento, incluindo Mendes, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Dias Toffoli, não passa despercebida. O fórum discutiu temas variados como mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável, mas a proximidade entre magistrados e representantes empresariais gera desconfiança. A participação ativa de empresas como a Aegea Saneamento, com ações em curso no STF, reforça a necessidade de maior transparência e distanciamento entre o judiciário e o setor privado para preservar a credibilidade da justiça brasileira.