Em 2024, o real figurou entre as moedas mais desvalorizadas frente ao dólar, caindo 16,21% no acumulado do ano, segundo a consultoria Elos Ayta. Esse desempenho negativo só foi superado pelo peso argentino, que recuou 18,40%. A deterioração econômica interna, somada à falta de segurança fiscal, alimenta o descrédito na moeda e amplia as incertezas para o futuro do país.
Outubro reforçou o cenário adverso, com o real em segunda posição entre as moedas que mais perderam valor, superado apenas pelo peso chileno. Em contraste, moedas como o dólar de Hong Kong, a libra esterlina e o rand sul-africano mantiveram estabilidade, mostrando resiliência e apontando para uma condução econômica mais prudente.
Nesta sexta-feira, 1º de novembro, o dólar fechou a R$ 5,82, após picos de R$ 5,83. Para analistas, o aumento da percepção de risco fiscal no Brasil contribui diretamente para a alta da moeda norte-americana, expondo a necessidade urgente de ajustes na política econômica para recuperar a confiança e estabilidade da economia brasileira.