O panorama político brasileiro atual se distancia tanto da "democracia inabalada" apregoada pelo lulismo quanto da "ditadura comunista" alegada pelo bolsonarismo. O que se observa é uma teia de conchavos e escambos entre as altas esferas do poder, onde abusos políticos, econômicos e judiciais são perpetrados sob o manto da legalidade e do consentimento mútuo entre os líderes dos Três Poderes, grandes corporações, tribunais e veículos de comunicação instrumentalizados.
Este "sistema", conforme descrito, opera por meio de arranjos intra e interinstitucionais que favorecem a concentração e perpetuação do poder em detrimento do interesse público. O Brasil contemporâneo, sob esta ótica, se assemelha a uma República do Escambo, cujos principais atores incluem Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Arthur Lira, Rodrigo Pacheco, Lula e Jair Bolsonaro. Esta estrutura se sustenta por meio de uma rede de favores e acordos que subverte a verdadeira essência da democracia.
O exemplo citado de André Janones, um defensor de rachadinha e adepto do lulismo, que tem permissão para disseminar fake news, ilustra a distorção do conceito de "ditadura" usada por alguns setores políticos. Os abusos cometidos dentro deste sistema não configuram uma ditadura clássica, mas sim uma forma de repressão horizontal, onde os excessos são legitimados sob a fachada de democracia.
Alexandre de Moraes, por exemplo, tem tentado legitimar o foro privilegiado de várias figuras políticas, mantendo casos no STF sob pretextos questionáveis. O caso da Lava Jato, com suas ilações e distorções sobre mensagens roubadas por hackers, é um exemplo de como decisões judiciais podem ser manipuladas para favorecer interesses específicos, como observado nas ações de Dias Toffoli.
Contrariamente ao que se possa pensar, o "sistema" não é movido por ideologias, mas sim pelo desejo de manter o poder. O lulismo e o PT, com sua habilidade em organizar e ampliar o controle sobre o Estado e as instituições disseminadoras de ideias, representam uma ameaça latente ao equilíbrio democrático do país. Eles já exercem influência sobre o Judiciário, estatais, universidades e parte da mídia. Seu próximo alvo inclui jornais, veículos independentes e redes sociais, com o apoio de aliados no Supremo que favorecem a censura e a regulamentação das mídias sociais.
Diante deste cenário, o Brasil se encontra em um momento crítico, onde a conscientização e a busca por alternativas se fazem necessárias para evitar a substituição de um componente do sistema por outro igualmente corrupto ou a adesão a soluções golpistas e extremas. Há uma necessidade urgente de discernir a realidade política do país, que vai além das narrativas simplistas de "democracia inabalada" e "ditadura comunista", frequentemente propagadas por lulistas e bolsonaristas.