Documentos da Abin alertaram sobre ameaças contra Lula e prédios públicos entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, segundo a Folha de S.Paulo. Os relatórios apontaram movimentações suspeitas, veículos próximos ao hotel de Lula e perfis de indivíduos considerados perigosos, incluindo o responsável pela tentativa de explosão no aeroporto de Brasília. Contudo, essas informações não foram plenamente utilizadas pela equipe de segurança, liderada por Andrei Rodrigues.
A reportagem destaca que a gestão Bolsonaro teria gerado desconfiança em relação aos serviços de inteligência. Essa tensão teria contribuído para falhas na comunicação entre a Abin e outros órgãos de segurança. Dados cruciais, capazes de evitar os atos de 8 de janeiro, não chegaram às instâncias responsáveis, comprometendo a prevenção de eventos que marcaram o início de 2023.
O episódio expõe a vulnerabilidade do sistema de inteligência e a ineficiência em coordenar ações preventivas. Personagens como Wellington Sousa e Cláudio Santa Cruz, mencionados nos relatórios, foram ligados a eventos críticos, mas a subutilização das informações reforça a necessidade de um sistema mais coeso e imune a divisões políticas.