A equipe econômica liderada pelo ex-ministro Paulo Guedes contestou vigorosamente os dados apresentados por Fernando Haddad no Congresso. Durante audiência pública, Haddad alegou que o superavit primário de 2022 do governo Bolsonaro era “fake” e que havia calotes no pagamento de precatórios. No entanto, Guedes e sua equipe defendem que, sob a mesma governança fiscal de 2019 a 2022, o resultado seria substancialmente melhor.
Guedes ressaltou que, em 2022, a previsão orçamentária indicava um deficit de R$ 59,4 bilhões, mas o governo Bolsonaro terminou com um saldo positivo de R$ 54,9 bilhões. Além disso, a equipe de Guedes refutou as acusações sobre os precatórios, explicando que a maior parte dos passivos são responsabilidades do governo atual. Eles também argumentaram que os aumentos no Bolsa Família estavam relacionados a promessas de campanha e não à política econômica do governo anterior.
A verdade é que, sob a gestão de Guedes, os gastos primários caíram, passando de 19,3% para 19,0% do PIB, um feito inédito desde a redemocratização. A piora no resultado nominal do setor público consolidado, que inclui a União, Estados, municípios e estatais, é atribuída ao aumento das despesas com juros da dívida pública, exacerbado pela alta da taxa Selic. Dessa forma, a equipe de Guedes reafirma que as críticas de Haddad são infundadas e que o legado do governo Bolsonaro é de responsabilidade fiscal e gestão eficiente.