Filipe Martins, anteriormente assessor de assuntos internacionais na gestão de Jair Bolsonaro, encontrou-se detido em Curitiba, um episódio desencadeado por uma interpretação judicial questionada do ministro Alexandre de Moraes. Desmentindo as suposições de Moraes, Martins não tomou um voo para os Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022, visando uma presumível evasão. Contrariamente, evidências, incluindo passagens aéreas, confirmam sua mudança para Curitiba no último dia de dezembro, com o objetivo de fixar moradia, conforme relatado pela revista Oeste.
A decisão de Moraes de ordenar a prisão preventiva repousou na crença infundada de que Martins estaria se deslocando com o avião presidencial para os EUA. Ricardo Fernandes, o advogado de Martins, contesta a base da decisão, criticando a lógica de ter que demonstrar a inexistência de uma ação, o que ele classifica como um "absurdo jurídico".
A ausência de registros de Martins deixando o Brasil não impediu que Moraes justificasse a prisão preventiva pela localização incerta do ex-assessor e a possível interferência nas investigações de um alegado plano de golpe. Na quinta-feira, 15, Moraes optou pela manutenção da detenção, considerando-a "razoável, proporcional e adequada" em vista da suposta colaboração de Martins na preparação de documentos favoráveis ao grupo sob investigação.
A Polícia Federal sublinhou as frequentes visitas de Martins ao Palácio da Alvorada, apontando para sua participação ativa em encontros com Bolsonaro, reforçando assim as suspeitas sobre seu envolvimento nas atividades investigadas.