O governo Lula enfrenta críticas após firmar um contrato de R$ 478 milhões com a Organização de Estados Ibero-americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI), envolvendo Valter Correia da Silva, ex-investigado na Lava Jato. Correia, preso na Operação Custo Brasil por suspeita de envolvimento em um esquema de propinas no Ministério do Planejamento, agora ocupa o cargo de secretário extraordinário para a COP-30 e é peça-chave no acordo contestado.
O contrato, formalizado sem chamamento público, levantou suspeitas sobre a intermediação da OEI, que subcontratará empresas sem justificativa clara. O senador Rogério Marinho (PL-RN) acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar possíveis irregularidades. O caso se soma a uma série de contratos firmados pela OEI com o governo Lula, que ultrapassam R$ 600 milhões desde 2024, beneficiando setores alinhados ao Palácio do Planalto.
A polêmica se agrava com a recente troca de comando na OEI, que passou a ser liderada por Rodrigo Rossi, aliado do governo. Além disso, a entidade esteve envolvida na organização do G20 Social, apelidado de “Janjapalooza” pela oposição, devido ao protagonismo da primeira-dama e ao uso de recursos públicos para eventos musicais. O escândalo reforça o histórico de repasses milionários para organismos internacionais sem fiscalização rigorosa.