A advogada Natalia Szermeta, esposa do deputado federal Guilherme Boulos, revelou uma faceta controversa da esquerda ao adquirir, em 2013, um apartamento financiado pelo programa Minha Casa, Minha Vida, destinado às classes mais baixas. Embora tenha obtido o maior subsídio possível, com parcelas de apenas R$ 35, Natalia jamais residiu no imóvel, contrariando as regras do programa. Tal atitude coloca em xeque a coerência daqueles que, em público, defendem os desfavorecidos, mas, na prática, parecem usar as oportunidades para fins questionáveis.
A defesa da assessoria de Boulos de que o apartamento foi cedido ao MTST um ano após o financiamento só reforça a incongruência da narrativa. Natalia manteve a propriedade em seu nome até 2024, período em que o imóvel valorizou-se significativamente, levantando dúvidas sobre a verdadeira intenção por trás da aquisição. A tentativa de regularização, tardia e ineficaz, expôs uma estratégia de uso das leis para benefício próprio, em nítido contraste com os princípios conservadores que prezam pela honestidade e responsabilidade individual.
Este episódio revela uma ironia amarga: enquanto pregam a igualdade, muitos na esquerda demonstram pouca sintonia com os sacrifícios que exigem dos demais. A situação de Natalia Szermeta é um exemplo contundente de como o discurso da esquerda frequentemente esbarra na realidade de práticas incoerentes e contraditórias.