O déficit das estatais brasileiras, excluindo Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica, deve atingir um recorde histórico em 2024, com perdas acumuladas de R$ 6 bilhões até novembro, segundo relatório do Banco Central. Entre as mais deficitárias estão a Emgepron, ligada a projetos navais, com prejuízo de R$ 2,5 bilhões, e os Correios, que amargaram R$ 2,2 bilhões no período. Esses resultados expõem uma gestão ineficaz e uma dependência crônica de recursos públicos.
Enquanto Petrobras e bancos públicos se destacam por regras de governança mais robustas, o restante das estatais reflete o peso de estruturas engessadas e ineficientes. As empresas enfrentam desafios operacionais agravados pela inflação alta e custos crescentes, numa combinação que mina sua competitividade e aumenta a fatura para a população.
Os números não mentem: sem uma modernização urgente e políticas que priorizem eficiência e transparência, as estatais continuarão drenando os cofres públicos. A conta, inevitavelmente, recai sobre os cidadãos, que precisam arcar com os custos de uma máquina estatal que insiste em operar à margem da realidade econômica.