O governo de Luiz Inácio Lula da Silva terá gastos de pelo menos R$ 399 bilhões acima dos limites legais de 2023 a 2026, incluindo extrapolações do teto de gastos de 2023 e do marco fiscal de 2024 e 2025, além de compromissos já contratados para 2026.
A PEC fura-teto contribuiu para aumentar despesas fora da meta: R$ 31,8 bilhões em 2024, R$ 47 bilhões em 2025 e R$ 67 bilhões em 2026.
Para 2026, estão previstos gastos fora da meta com precatórios (R$ 57,8 bilhões), investimentos de estatais (R$ 4,2 bilhões) e defesa (R$ 5 bilhões).
Desconsiderando precatórios, R$ 208,4 bilhões sairão das regras fiscais, sendo a PEC responsável por 69,6% desse total.
A dívida bruta subiu para 77,5% do PIB, refletindo em confiança reduzida dos investidores e aumento da taxa de juros, atualmente em 15% ao ano, a segunda maior do mundo.
Comparativamente, no primeiro governo de Lula (2003-2006), o país registrou superávit primário crescente e conquistou grau de investimento em 2008, mantido até 2015. O cenário atual evidencia a dificuldade em controlar gastos e a necessidade de política monetária mais rígida.