A compra dos caças Gripen pela gestão de Dilma Rousseff voltou à tona após o Departamento de Justiça dos Estados Unidos intimar a Saab, fabricante sueca dos aviões, a prestar esclarecimentos sobre o acordo de US$ 5,4 bilhões. O contrato, realizado em 2014, foi alvo de investigações da Operação Zelotes, que apurava tráfico de influência e pagamento de propina envolvendo o ex-presidente Lula, seu filho Luís Cláudio, e o atual ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
Lula, irritado com o pedido de informações, classificou a ação americana como “intromissão indevida”, defendendo a legitimidade da compra que teria escolhido o caça mais econômico. O ex-presidente também minimizou o envolvimento de sua gestão no caso, enquanto a Saab se limitou a declarar que as investigações anteriores concluíram que não houve irregularidades.
No entanto, a pressão internacional trouxe de volta as suspeitas envolvendo a transação. Com indícios de que a disputa comercial com a Boeing e restrições tecnológicas americanas podem estar no centro do debate, o caso reacende a discussão sobre o papel da Justiça brasileira, que arquivou as denúncias, e as possíveis ramificações internacionais da investigação.
4o