Sob pressão após as duras medidas tarifárias de Donald Trump, a União Europeia resolveu pisar no freio. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, anunciou uma trégua de 90 dias nas retaliações contra os Estados Unidos, dizendo querer “dar uma chance” à negociação. O gesto revela mais que diplomacia: escancara a dependência econômica europeia frente aos EUA.
A medida vem logo após Trump impor tarifas de até 25% sobre aço, alumínio e outros produtos. Von der Leyen tentou minimizar o impacto, dizendo que o bloco seguirá “desenhando estratégias” caso o acordo não avance. Mas o discurso perdeu força ao propor um acordo de livre comércio com tarifas zeradas. Tentativa clara de conter os danos.
A líder europeia admitiu que as taxas afetam negócios e consumidores, mas evitou mencionar que o pacote de retaliação previa tributar de milho a motocicletas. O bloco, que agora fala em “diversificar parceiros”, dá sinais de que foi pego desprevenido pelo retorno do protecionismo americano.