Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal, Clebson Vieira, ex-analista de inteligência do Ministério da Justiça, relatou ter recebido ordens para elaborar mapas de municípios com alta concentração de votos para Lula e Bolsonaro, além de um painel sobre a distribuição da PRF. Ele afirmou que as demandas, vindas da secretária de Segurança Pública, Marília Ferreira de Alencar, o deixaram preocupado, levando-o a guardar provas para se resguardar. Vieira ressaltou que seu trabalho técnico foi usado para decisões que considerou ilegais.
A denúncia levanta suspeitas sobre o uso político da estrutura pública para influenciar o segundo turno, com blitzes da PRF voltadas a veículos com destino ao Nordeste. O ex-ministro Anderson Torres é apontado como responsável pela operação, que segue sendo investigada pelo STF. O caso reúne militares e autoridades civis, colocando em xeque a transparência do processo eleitoral.
O depoimento de Vieira traz à tona as dificuldades enfrentadas por servidores que tentam preservar a integridade do sistema diante de pressões internas. Enquanto as investigações avançam, a sociedade acompanha atentos, em busca de respostas que garantam justiça e respeito às instituições.