Em depoimento à Comissão de Segurança Pública do Senado nesta terça (2), Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes no TSE, acusou o ministro do STF de fraude processual na decisão que autorizou buscas contra empresários em 2022.
Segundo ele, a operação foi baseada em reportagem do portal Metrópoles, sem checagem prévia, e só recebeu fundamentação jurídica dias depois, com data retroativa.
Tagliaferro apresentou planilhas e mensagens que, segundo afirmou, comprovariam a criação de um “ambiente” para justificar a medida, que teve entre os alvos o empresário Luciano Hang. Ele relatou ainda ter escondido um notebook com provas por temer ser alvo de operação.
As declarações geraram reação imediata: Magno Malta pediu prisão e impeachment de Moraes; Damares Alves sugeriu levar o caso ao presidente do STF; e Flávio Bolsonaro prometeu providências. Moraes e o Supremo não se pronunciaram.