Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, revelou em depoimento que o celular apreendido pela Polícia Civil em 2023 estava destinado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Tagliaferro, que entregou o aparelho desbloqueado durante sua prisão por violência doméstica, afirma que, ao recuperar o dispositivo seis dias depois, encontrou-o "deslacerado e corrompido", o que o levou a descartá-lo.
A revelação do destino do celular a Brasília levanta sérias questões sobre a integridade e o manejo de informações sensíveis durante a investigação. Tagliaferro negou veementemente qualquer envolvimento no vazamento das mensagens trocadas com o juiz Airton Vieira, também do STF, que estão sob investigação.
A situação coloca em xeque os procedimentos adotados e a imparcialidade do processo, reforçando a desconfiança em torno das ações e motivações dentro do próprio Supremo Tribunal Federal. A narrativa expõe as fragilidades e o risco de manipulação em investigações que envolvem figuras de alta relevância institucional.
