Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, apresentou nesta segunda-feira (26/8) um pedido contundente ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, visando impedir o ministro Alexandre de Moraes de conduzir o inquérito sobre o vazamento de mensagens entre seus assessores. Tagliaferro argumenta que Moraes possui "nítido interesse na causa", comprometendo assim sua imparcialidade e levantando sérias questões sobre a integridade do processo.
A solicitação ocorre após Tagliaferro ser intimado pela Polícia Federal, em um contexto de crescente suspeita sobre a atuação de Moraes, cujas decisões têm sido alvo de duras críticas por parte dos defensores do conservadorismo, que veem nelas uma ameaça à justiça e à ordem constitucional. O ex-assessor destaca que a participação direta de Moraes no caso viola os princípios de imparcialidade, colocando em risco a credibilidade das instituições que deveriam proteger os direitos dos cidadãos.
O pedido de impedimento é mais um capítulo na tensão crescente entre aqueles que defendem uma justiça imparcial e transparente, e as forças que buscam politizar o Judiciário, algo que é repudiado pela direita conservadora. O desfecho desse episódio será crucial para determinar se o STF ainda é capaz de agir com a neutralidade que a sociedade espera de seus magistrados.