Augusto Cezar Uzeda, ex-diretor internacional da empreiteira baiana OAS, recentemente demonstrou seu apoio ao Partido dos Trabalhadores (PT) ao doar R$ 20 mil para os cofres do partido. A transferência, realizada em 20 de março, foi destinada à “manutenção do partido” e registrada na prestação de contas anual do PT ao Tribunal Superior Eleitoral. Uzeda, que já esteve envolvido em um inquérito juntamente com o ex-presidente Lula, é acusado de tráfico de influência internacional para beneficiar a OAS na Costa Rica, um caso que reacende debates sobre corrupção e má gestão na esquerda brasileira.
A investigação, iniciada em 2019 com base na delação premiada de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, indicava que Lula teria facilitado encontros com autoridades costarriquenhas para favorecer a empreiteira. No entanto, em uma reviravolta, Pinheiro posteriormente isentou Lula em uma carta manuscrita. Em setembro de 2021, a juíza federal Maria Carolina Akel Ayoub arquivou a investigação contra Lula, Pinheiro e Uzeda. Apesar disso, a recente doação de Uzeda ao PT levanta questionamentos sobre a transparência e integridade do partido, reforçando a necessidade de uma vigilância rigorosa sobre a atuação dos envolvidos na política nacional.
