Alexandre Guimarães, ex-diretor de Governança do INSS, confessou em depoimento à CPMI que abriu uma empresa especificamente para receber propina disfarçada de atendimento a demandas de um lobista preso, conhecido como “Careca do INSS”.
Guimarães admitiu relação próxima: “saíamos para beber” enquanto participava de fraudes no sistema previdenciário.
O ex-diretor ocupou cargo estratégico entre 2021 e 2023, atravessando governos Bolsonaro e Lula, e foi alvo da Operação Sem Desconto. Investigações apontam que recebeu R$ 2 milhões via empresas ligadas ao lobista Brasília Consultoria, controlada pelo Careca, e Vênus Consultoria, criada por ele.
A Polícia Federal identificou ainda transferências adicionais de R$ 313,2 mil entre março e maio de 2023.
Guimarães afirmou que, após a operação, a empresa foi encerrada: “abri empresa, mas decidimos encerrar após a operação”, confirmando a existência do esquema e sua participação direta nas irregularidades.