Ex-magistrado do TRE-DF critica veementemente atuação de Moraes como 'absurda' e um 'assalto à prática jurídica'

Ex-juiz eleitoral condena postura do STF e clama por justiça imparcial

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Ex-magistrado do TRE-DF critica veementemente atuação de Moraes como 'absurda' e um 'assalto à prática jurídica'
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Everardo Gueiros Filho, com um histórico de atuação notável no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, além de uma trajetória marcante na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), onde ocupou posições de relevo, inclusive a presidência da Caixa de Assistência dos Advogados, expressou severas críticas ao Conselho Federal da OAB. Suas observações emergem no contexto da operação Tempus Veritatis, conduzida pela Polícia Federal, que apura uma possível conspiração para um golpe de Estado, ligando o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus colaboradores políticos.

Gueiros Filho não poupou palavras ao condenar o que considera uma violação das normas processuais e um ataque direto à advocacia em sua prática profissional. "Novamente infringindo regras processuais e novamente atacando a advocacia no seu exercício profissional, dizendo que os advogados das partes não podem se comunicar", afirmou em um desabafo veiculado através de um vídeo nas redes sociais, qualificando suas alegações como uma 'denúncia'.

No cerne de sua crítica está a conduta de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), acusado por Gueiros Filho de desrespeitar procedimentos legais em suas decisões. O ex-juiz apela para que o ministro "cumpra a lei", argumentando que Moraes está impedido de atuar como relator nos casos em questão, devido a um conflito de interesses evidente.

Gueiros Filho enfatiza a necessidade de imparcialidade no julgamento das causas, sustentando que a posição assumida por Moraes, ao se colocar como vítima em declarações públicas, compromete sua capacidade de julgar com justiça. "Se ele é parte, e é diretamente interessado, ele não pode ser o relator do processo. Abra mão da relatoria, ministro Alexandre de Moraes, para respeitar a lei, e deixe um juiz isento julgar a causa. Não o senhor que tem interesse no resultado da demanda", concluiu, lançando um apelo por uma condução legalista e ética nas instâncias judiciais superiores.