Sandro Avelar, secretário de Segurança do DF e ex-diretor-executivo da PF, classificou como "injustificável" a inexistência de um Ministério da Segurança. Segundo ele, a pasta facilitaria diálogo hoje travado por quem efetivamente atua na segurança pública.
"Se resultados estivessem bons, não precisaríamos discutir isso. É impossível ter resultados diferentes fazendo as mesmas coisas", afirmou. Consesp enviou carta ao governo em setembro pedindo a criação da pasta, sem resposta formal.
Avelar criticou a falta de diálogo do governo, citando PEC da Segurança e PL Antifacção apresentados sem consulta prévia a secretários estaduais. Chamou de "cizânia" a discussão sobre atribuições da PF, defendendo que a solução deve ser força-tarefa com profissionais de carreira no comando, não subordinação a juristas.
Sobre megaoperação no Rio, destacou que a ADPF 635 foi prejudicial, fortalecendo o crime organizado e deixando a população refém. "Cem fuzis apreendidos em uma operação mostram que a política de blindagem das favelas impediu a atuação da polícia, criando territórios sem lei e violando o direito de proteção estatal", concluiu.