Kalil Bittar, até julho de 2023 sócio de Lulinha, filho do presidente, aproveitou viagem de Alckmin à China para promover interesses privados junto ao governo federal. O lobista aparece em fotos oficiais da comitiva e teria enviado registros como prova de seu acesso a autoridades. O caso é investigado na Operação Coffee Break, que apura desvios de verbas da educação e pagamento de propina a servidores e lobistas em quatro municípios paulistas. Documentos indicam que Bittar recebeu R$ 210 mil em “mesadas” de André Mariano, coordenador do esquema, além de R$ 1,3 milhão via laranjas. Ex-nora do presidente, Carla Ariane, integrava o núcleo de influência, enquanto Cafú, ligado a Dirceu e próximo a Marcola, teve trânsito livre em agendas do MEC e do núcleo presidencial. Práticas de superfaturamento, como venda de livros a 35 vezes o valor de mercado, também foram registradas. A investigação mostra como conexões familiares e políticas foram utilizadas para garantir influência indevida e enriquecimento ilícito. Apesar de negações oficiais, as evidências apontam para acesso privilegiado e atuação organizada em benefício de interesses privados, reforçando o alerta sobre riscos de corrupção dentro do governo e de sua proximidade com figuras historicamente envolvidas em escândalos.
Ex-sócio de Lulinha usou viagem de Alckmin à China para lobby
Investigação revela esquema de influência e propina envolvendo governo federal