Exército já discute cenários para uma prisão política sem precedentes

Forças Armadas temem impacto de uma prisão política e possível reação popular

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Exército já discute cenários para uma prisão política sem precedentes
Reprodução

A possibilidade de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e de militares denunciados no julgamento sobre a suposta “tentativa de golpe” já é debatida dentro do Exército. A preocupação entre oficiais cresce diante do ritmo do processo no Supremo Tribunal Federal, que pode se arrastar até 2026, em pleno ano eleitoral. Entre os planos discutidos, está a possibilidade de detenção em instalações militares, medida que revela o temor de que a perseguição política atinja níveis ainda mais graves.

Fontes indicam que Bolsonaro poderia cumprir pena em uma unidade do Exército, como prevê o Código Penal Militar para ex-comandantes das Forças Armadas. Modelos como o adotado para o general Braga Netto, que já se encontra detido em condições especiais, são considerados. A cúpula militar teme que a prisão do ex-presidente desencadeie mobilizações populares, forçando as forças de segurança a conter manifestações de apoiadores.

Ainda que não existam preparativos concretos, a movimentação dos bastidores evidencia um cenário de instabilidade. O governo e o Judiciário seguem pressionando opositores, enquanto as Forças Armadas tentam minimizar os danos de um eventual encarceramento de Bolsonaro. O risco de que esse processo seja um divisor de águas na história política do país não pode ser ignorado.