O Brasil está sob a ameaça de uma crise sanitária sem precedentes, conforme alertas recentes apontam para um surto devastador de dengue que coloca em risco a saúde pública, agora sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O cenário atual já desperta preocupação em esferas internacionais, evidenciado por uma reportagem do jornal francês Le Monde, que destaca a grave escalada de casos da doença no país.
Conforme o periódico europeu, o Brasil ainda se recuperando dos impactos da Covid-19, que resultou em mais de 709 mil mortes, encara agora um rápido avanço da dengue, um vírus já conhecido, mas com uma taxa de contaminação alarmante nas últimas semanas. "A explosão no número de casos é de tal magnitude que especialistas classificam a situação como uma crise 'histórica', possivelmente sem paralelos na história recente do país", relata Le Monde.
De acordo com o portal Conexão Política, dados do Ministério da Saúde indicam que o Brasil já registrou mais de 512 mil casos de dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que provoca sintomas agudos como dores e febre alta. Esse número representa um aumento quatro vezes maior em comparação ao ano de 2023. Até agora, foram confirmadas 75 mortes pela doença, com outras centenas de óbitos suspeitos sob investigação, podendo o total chegar a mais de 400.
Le Monde critica a postura das autoridades brasileiras quanto à falta de medidas preventivas eficazes, especialmente considerando que o vetor da dengue prolifera em ambientes domésticos. A matéria também menciona a campanha de vacinação iniciada em 2 de fevereiro pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que dispõe de somente 750 mil doses, evidenciando uma notória escassez.
O jornal destaca a insuficiência de vacinas diante do surto, limitando a imunização a crianças e adolescentes, identificados como os grupos mais vulneráveis. Assim, a maior parte da população fica sem acesso imediato à vacinação, exceto através de clínicas privadas, onde o custo da imunização completa pode alcançar R$ 1.000, valor correspondente a 75% do salário mínimo nacional. Este panorama reforça a urgência de respostas mais efetivas por parte do governo para conter a propagação da dengue no Brasil.