Na noite de quarta-feira (13), uma explosão em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) resultou na morte de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como "Tiu França". O episódio gerou forte repercussão política, principalmente devido à ligação de Francisco com figuras influentes da direita, como Jair Bolsonaro e Olavo de Carvalho. O atentado é visto como um obstáculo às discussões sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, tema que já enfrentava resistência no Congresso.
Fontes no governo indicaram que o atentado comprometeu ainda mais as chances de aprovação do projeto de anistia. Assessores de Lula consideram o incidente um sinal para que se condene com rigor aqueles que atentaram contra as instituições. O projeto encontra-se paralisado na Câmara desde outubro, sem perspectivas claras de avanço, especialmente após o episódio.
Em entrevista, Bolsonaro expressou ceticismo quanto à viabilidade do projeto, afirmando que, mesmo com apoio da CCJ, o projeto não deverá ser aprovado em 2024. A falta de consenso entre aliados políticos, como os ministros José Múcio e Nelson Jobim, reforça a incerteza sobre o futuro da proposta.