A Força Aérea Brasileira alegou “caráter de urgência” para justificar a dispensa de licitação em um contrato de R$ 6,6 milhões firmado com a empresa britânica D-Fend Solutions, sediada em Londres. O equipamento antidrone será utilizado na conferência internacional marcada para novembro de 2025, em Belém, anunciada há mais de dois anos e meio.
Apesar de ter tido 30 meses para realizar um processo regular, a FAB deixou a contratação para a véspera do evento. O valor inicial, de US$ 610 mil (cerca de R$ 3,3 milhões), foi “retificado” para US$ 1,2 milhão (R$ 6,6 milhões), sem explicação detalhada sobre o aumento.
A compra, classificada como necessária para proteger “chefes de Estado e delegações”, reforça críticas sobre a falta de transparência e o uso de recursos públicos em ações ligadas a eventos internacionais utilizados pelo governo para autopromoção política.