O governo Lula transformou a FAB em transporte executivo para ministros do STF, com direito a sigilo de passageiros por meia década. Desde 2023, os voos se multiplicaram: 154 viagens bancadas pelo contribuinte e recheadas de “missões institucionais” genéricas. A prática, antes restrita à presidência do Supremo, foi estendida a todos os ministros, sob o pretexto de “ameaças” pós-8 de janeiro.
Sem transparência, a toga agora voa sem prestar contas. Moraes, com rotas regulares entre Brasília e São Paulo, e Barroso, que acumulou 215 voos, lideram o ranking da milhagem institucional. Em alguns registros, até familiares aparecem a bordo, tudo sob o manto da “segurança”, enquanto a sociedade assiste calada ao uso indevido de estrutura militar.
As normas da FAB jamais autorizaram tamanha farra aérea. Mas o decreto de 2020 virou escada para uma elite blindada por conveniência. Em 2024, o TCU sacramentou a opacidade, carimbando o sigilo por cinco anos. O poder, quando não se explica, apenas se impõe agora também pelas nuvens.