O Tribunal de Contas da União abriu investigação sobre o uso de aeronave da Força Aérea Brasileira e escolta oficial no transporte da ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, condenada a 15 anos por corrupção. Ela desembarcou no Brasil antes mesmo de qualquer aprovação formal de asilo, levantando sérias dúvidas sobre o uso da máquina pública para fins questionáveis.
A representação foi feita pelo deputado Ubiratan Sanderson, que denunciou: “A ex-primeira-dama foi levada ao Brasil com apoio logístico do Estado, sem respaldo legal”. No Senado, Magno Malta criticou duramente a manobra: “Transformaram o Brasil em porto seguro para corruptos condenados”. Parlamentares do Novo cobraram explicações do chanceler Mauro Vieira.
A apuração está sob responsabilidade do procurador Sérgio Caribé e vai buscar os responsáveis pelo custeio da operação. O caso, que remonta aos fantasmas da Lava Jato, escancara o uso indevido da estrutura estatal para acolher aliados ideológicos, agora com direito a carona em jato militar e recepção digna de chefe de Estado.