No dia 20 de novembro de 2023, o empresário Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como Clezão, morreu na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Preso desde os atos de 8 de janeiro, ele sofria de vasculite na aorta, diabetes e hipertensão. Apesar do pedido da Procuradoria-Geral da República para sua liberdade provisória, o ministro Alexandre de Moraes manteve o silêncio. A causa oficial da morte foi infarto, mas sinais de sangue levantam suspeitas. A família, sem acesso aos autos, questiona o sigilo imposto e o real motivo da omissão.
A viúva relata que os medicamentos essenciais não chegavam e que, quando adoecia, Cleriston era isolado, não atendido. O advogado Ezequiel Silveira revela: “Descobrimos que há esse processo porque um dos ex-companheiros de cela dele foi notificado para depor na Polícia Federal”. Dois inquéritos investigam a morte, um sigiloso no STF e outro na Polícia Civil local.
O caso expõe o descaso do sistema penitenciário e a falta de humanidade diante da saúde debilitada de um preso. A ausência de transparência e a recusa em permitir tratamento adequado evidenciam um cenário que, para muitos, ultrapassa a justiça e entra na esfera da crueldade. A família segue na luta por respostas.