A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (12) a Operação Coffee Break, que investiga um esquema de corrupção e desvio de recursos no Ministério da Educação. Entre os alvos estão Carla Trindade, ex-nora de Lula, e Kalil Bittar, ex-sócio de Lulinha na Gamecorp/Gol. Ambos são apontados como peças-chave no tráfico de influência e na intermediação de contratos superfaturados.
Segundo a PF, Carla “alega ter influência em decisões do FNDE”, órgão vinculado ao MEC, e foi contratada para atuar junto ao governo federal explorando a ligação familiar. Bittar, irmão do dono do sítio de Atibaia, recebia “mesada” para defender interesses políticos após o segundo turno de 2022. A Life Tecnologia, empresa envolvida no caso, fornecia kits de robótica com valores inflados a prefeituras.
O esquema, segundo os investigadores, usava a estrutura da própria família presidencial para negociar influência em ministérios e contratos públicos. Foram cumpridos 50 mandados de busca e seis prisões preventivas em São Paulo, Distrito Federal e Paraná — entre elas a do vice-prefeito de Hortolândia, ligado ao PSB. O caso reforça a reincidência de velhos métodos de corrupção no entorno de Lula.