Autoridades federais identificaram 177 fundos opacos movimentando R$ 55 bilhões na Faria Lima, dos quais 71% não podem sequer ser auditados.
Muitos contam com apenas um ou dois cotistas, ocultando beneficiários finais e dificultando o rastreamento de origem do dinheiro.
A Reag Investimentos, alvo de apurações por suposta ligação com o PCC, concentra sozinha R$ 45 bilhões suspeitos. Segundo os investigadores, os fundos são usados para escoar recursos do crime organizado e operações de sonegação fiscal de grande escala.
Entre os beneficiários, aparecem investigados por fraudes no setor de combustíveis, devedores bilionários e donos de terrenos milionários.
O esquema, considerado uma das maiores engrenagens financeiras do crime no país, expõe o grau de infiltração do dinheiro ilícito no mercado de capitais brasileiro.