O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), garantiu que não tem receio de perder sua posição no primeiro escalão do Governo Lula (PT), mesmo diante de possíveis críticas e tentativas de destituição. Os ataques têm sido constantes desde o início de seu mandato em janeiro de 2023, vindos tanto de "aliados" quanto de parlamentares no Congresso Nacional.
Fávaro afirmou não acreditar em qualquer tipo de conspiração para tirá-lo do Ministério. Ele ressaltou ser senador licenciado e que, se o presidente da República, detentor do poder de decisão, optar por sua saída do governo federal, ele continuará contribuindo.
"Eu não ouvi essas declarações. O cargo pertence ao presidente Lula, eu sou senador da República e continuarei trabalhando e me dedicando para desempenhar meu papel enquanto ele desejar que eu seja ministro", declarou Fávaro.
No entanto, Fávaro gerencia um dos orçamentos mais relevantes do Governo Federal, o que desperta o interesse de diversos grupos políticos, uma vez que a pasta pode impulsionar projetos eleitorais. Em um eventual cenário em que o petista seja pressionado a ceder espaços ao Centrão para garantir a governabilidade, o Ministério da Agricultura e Pecuária seria um dos alvos.
No ano passado, Fávaro não foi incluído na lista de ministros "inegociáveis" que são liderados por figuras de grande influência, como Marina Silva (Meio Ambiente) e Silvio Almeida (Direitos Humanos). Mesmo assim, ele permanece no cargo há mais de um ano e tem recebido elogios de Lula.
Na semana passada, Lula elogiou a atuação de Fávaro à frente do Ministério da Agricultura e Pecuária, destacando a importância da expansão dos mercados para a exportação da produção brasileira. Em um ano à frente da pasta, pelo menos 78 novos mercados foram abertos.
