Revelações recentes apontam que a Play9 Produções, de Felipe Neto, recebeu R$ 14 milhões em isenções fiscais pelo Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Criado em 2021, no governo Bolsonaro, o Perse visava socorrer setores como turismo e eventos, gravemente impactados pela pandemia. No entanto, a inclusão de empresas digitais, que não dependem de atividades presenciais, evidencia uma distorção no uso do programa.
Além de Neto, outros artistas, como Ludmilla, Pabllo Vittar e Bruno Gagliasso, também foram contemplados com valores significativos. Enquanto o Perse deveria beneficiar empresas realmente afetadas pela crise, influenciadores digitais e empresas online se tornaram destinatários de recursos, gerando indignação e questionamentos. A ausência de critérios claros parece abrir brechas para possíveis favorecimentos.
Este episódio acende um alerta sobre a gestão de programas públicos. É inegável a necessidade de critérios rigorosos e transparência para que recursos emergenciais cheguem a quem realmente precisa, evitando o uso indevido de verbas destinadas a salvar setores vulneráveis.