FGTS vira isca: Crédito consignado empurra trabalhador para o abismo

Prometido como alívio financeiro, modelo aprovado pelo governo entrega lucro garantido aos bancos e risco total ao cidadão

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FGTS vira isca: Crédito consignado empurra trabalhador para o abismo
 Aplicativo Caixa Econômica Federal- FGTS

O empréstimo consignado com garantia do FGTS, promovido como salvação pelo atual governo, tornou-se uma armadilha perversa. Os bancos, amparados pelo saldo do trabalhador como garantia, cobram juros que chegam a 89% ao ano valor superior ao do crédito pessoal comum, mesmo sem garantia. Na prática, é um jogo viciado: o risco é zero para as instituições, mas a fatura é altíssima para quem precisa de socorro.

Enquanto servidores e aposentados pagam taxas entre 23% e 25% ao ano, o trabalhador da iniciativa privada amarga até o triplo. O modelo finge oferecer ajuda, mas escancara uma distorção cruel: os mais vulneráveis são os mais penalizados. Para o banco, basta que o cliente não pague o FGTS cobre. Um modelo que garante o lucro sem esforço, às custas da reserva do trabalhador.

Especialistas denunciam o duplo golpe: dívida crescente e esvaziamento da única poupança do cidadão. Em nome do “popular”, repete-se a velha fórmula: narrativa emotiva, juros obscenos e bancos nadando em lucros.