Em um momento crucial para o futuro do planeta, o Brasil assume a liderança da agenda climática no G20 e se coloca na vanguarda da busca por soluções inovadoras para o combate às mudanças climáticas. Nesta segunda-feira (26), o Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas reuniu líderes e especialistas internacionais para discutir o financiamento de projetos sustentáveis e o papel crucial do país nesse cenário.
O financiamento climático é o tema central do Fórum, que busca mobilizar recursos para projetos que promovam a redução de emissões de gases de efeito estufa, a proteção contra os impactos das mudanças climáticas e a transição energética justa e sustentável.
“O objetivo é fornecer recursos financeiros e técnicos para que países como o Brasil possam desenvolver e implementar políticas públicas eficazes para enfrentar os desafios climáticos”, explica a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Entre os instrumentos de financiamento climático em debate estão o Mercado de Carbono e os títulos verdes. Em dezembro, a Câmara dos Deputados aprovou a regulamentação do Mercado de Carbono no país, um passo importante para o controle das emissões de gases do efeito estufa.
A senadora Leila Barros (PL-DF), relatora do projeto, destaca que a medida é fundamental para que o Brasil atinja suas metas climáticas, retome seu protagonismo mundial na questão e atraia investimentos para o país.
Nesta segunda-feira, o governo brasileiro também anunciou o programa Eco Invest Brasil, que visa oferecer proteção cambial para investimentos estrangeiros em projetos sustentáveis no país.
O programa terá o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como intermediário e será fundamental para reduzir o custo de proteção cambial e viabilizar investimentos em moeda estrangeira.
O Brasil se destaca como líder em investimentos internacionais em energias renováveis. De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) publicado em outubro, o país recebeu US$ 114,8 bilhões entre 2015 e 2022, o que representa 11% do valor total investido em economias emergentes.
O país possui vantagens competitivas significativas na transição energética, como abundância de recursos naturais, expertise em biocombustíveis e uma matriz energética renovável.
“A transição energética é de interesse multinacional e demandará um volume de investimento que não será possível sem a participação de capital estrangeiro”, avalia Luciano Fantin, Sócio Fundador da The Sharp Fintech.
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforça o potencial do Brasil: "O país está em posição privilegiada para reverter sua baixa taxa de investimento, principalmente por suas vantagens competitivas na transição energética".
O Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas marca um passo importante na liderança verde do Brasil e demonstra o compromisso do país com a construção de um futuro mais sustentável para o planeta. A participação ativa do governo, a expertise do setor privado e o engajamento da comunidade internacional consolidam o Brasil como um player fundamental na luta contra as mudanças climáticas.