Desde o dia 16 de outubro de 2023, a Força Nacional de Segurança Pública tem atuado no Rio de Janeiro com o intuito de reforçar a segurança e combater a violência. Um levantamento recente revelou que a operação já consumiu cerca de R$ 9,7 milhões dos cofres públicos, tendo como resultado a apreensão de 156 gramas de possíveis entorpecentes, de acordo com informações adquiridas via Lei de Acesso à Informação.
Durante o período de atuação, que abrange de outubro a fevereiro, as equipes realizaram 41.698 abordagens, que culminaram na detenção de 12 pessoas, na apreensão de dois veículos automotores, duas motocicletas, um celular, e uma arma falsa utilizada em uma tentativa de assalto. Ademais, a operação contabilizou o atendimento a uma ocorrência de furto e seis ocorrências de roubo. Notavelmente, a apreensão de 10 mil maços de cigarros se destaca entre as ações, levantando questionamentos quanto ao custo-benefício da operação, especialmente quando se considera o valor investido na mesma.
A Força Nacional, que conta com aproximadamente 300 agentes mobilizados no RJ, focou sua atuação nas rodovias federais, áreas estratégicas para o combate ao crime. No entanto, a quantidade de caminhões abordados - uma média de 9 por dia - mostra-se modesta frente ao volume de tráfego nessas vias. Este fato sinaliza os desafios enfrentados pela operação em impactar significativamente a segurança pública na região.
Os custos da operação despertam especial atenção, com a maior parte dos recursos destinados ao pagamento de diárias dos agentes. Além disso, a operação foi marcada por episódios preocupantes, incluindo o assalto a dois agentes e o trágico falecimento de outro, evidenciando os riscos enfrentados pelos envolvidos na missão.
O apoio da Força Nacional foi solicitado pelo governador Cláudio Castro em resposta a uma escalada de violência impulsionada por disputas entre facções criminosas. Além do contingente de agentes, o estado recebeu 50 viaturas, com gastos adicionais em manutenção e combustível, visando reforçar o aparato de segurança.
No entanto, a continuidade da violência, exemplificada por um confronto entre facções em fevereiro, levanta questionamentos sobre a efetividade das medidas adotadas. Embora a Força Nacional não opere diretamente no patrulhamento de comunidades, a prorrogação de sua atuação, solicitada pelo governador, reflete o desafio contínuo de garantir a segurança pública no Rio de Janeiro.
Este balanço da atuação da Força Nacional no RJ oferece uma perspectiva crítica sobre os esforços de segurança pública, ponderando o investimento financeiro considerável frente aos resultados obtidos, e destaca a complexidade da luta contra a violência urbana na região.