Força Nacional no Rio: Somente uma arma foi apreendida em um ano de atuação

Resultados modestos e críticas intensas marcam o primeiro ano da operação federal

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Força Nacional no Rio: Somente uma arma foi apreendida em um ano de atuação
Força Nacional - foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Após um ano de atuação da Força Nacional no Rio de Janeiro, o balanço da operação escancara resultados pífios frente ao crime organizado. Autorizada para conter o domínio de traficantes no Complexo da Maré, a presença das tropas, que custou R$ 18,4 milhões, se limitou a rodovias e aeroportos, longe dos redutos criminosos. Com 596 agentes, o saldo incluiu apreensão de uma arma, menos de 1 kg de drogas e 12 prisões em flagrante, em contraste com 3.181 homicídios dolosos apenas na região metropolitana.

Especialistas apontam falhas graves. “São medidas paliativas e sem impacto”, critica Robson Rodrigues, coronel da reserva. O governador Cláudio Castro demonstrou insatisfação com a ineficiência federal e reiterou críticas à ADPF 635, que restringe operações em comunidades. Enquanto isso, o estado registrou aumento de 20,9% na apreensão de fuzis, mas enfrenta 754 mortes por intervenção policial no período.

A operação, marcada por escândalos como a morte de três agentes, permanece no Rio com prorrogação até março de 2025. Contudo, as críticas à falta de uma estratégia consistente seguem em alta, evidenciando que medidas improvisadas não são capazes de sufocar a criminalidade que assola o estado.