Antes mesmo do evento de 1º de maio, que atraiu apenas 1.600 militantes ao estacionamento do Itaquerão, já circulavam especulações sobre possíveis alterações no ministério. Esse número reduzido de participantes intensificou as discussões sobre mudanças iminentes entre lideranças do governo.
Alguns acreditam que o presidente poderia realizar uma alteração pontual em breve e uma mais abrangente no final do ano ou em janeiro, durante a intensa disputa pela sucessão na Câmara dos Deputados.
Dois colaboradores de longa data do presidente, um no governo e outro no Legislativo, concordam que, caso as próximas pesquisas indiquem estagnação na popularidade, haverá mudanças na equipe, ainda que limitadas. Se, por outro lado, os indicadores apresentarem melhoria, as reformas seriam postergadas para um momento mais oportuno.
Existe um consenso entre os próximos ao presidente de que ele está impaciente. Uma mudança específica poderia envolver a substituição de Márcio Macêdo na Secretaria-Geral da Presidência e de Paulo Pimenta na Secretaria de Comunicação. Apesar dos desafios no atual cargo, Pimenta continuaria no Palácio do Planalto, assumindo a posição de Macêdo, que, por sua vez, seria realocado para uma função importante dentro do partido.