A tradicional Fundação Casa de Rui Barbosa anunciou que concederá a Medalha Rui Barbosa a Alexandre de Moraes e José Dirceu, em cerimônia marcada para 7 de fevereiro de 2025, no Rio de Janeiro.
A ministra Margareth Menezes, responsável pela indicação, alegou que a escolha representa “a cultura como base fundamental da democracia brasileira”. A justificativa, porém, soou como um pretexto para premiar aliados ideológicos e figuras marcadas por polêmicas.
Criada em 1949 para valorizar quem realmente contribuiu para a cultura nacional, a medalha perde seu prestígio ao ser entregue a personagens como Dirceu condenado no escândalo do Mensalão e com processos anulados por decisões judiciais controversas. Mesmo assim, o ex-ministro insiste em se reerguer politicamente e já planeja disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026.
A presença de Moraes, cuja atuação no Judiciário tem sido alvo de críticas por abuso de autoridade e censura, reforça a percepção de que a premiação foi tomada por motivações políticas. Também serão homenageados Chico Alencar (PSOL), Frei Betto e a Associação Juízes pela Democracia grupo alinhado à mesma corrente ideológica, fechando o cerco simbólico da cultura à pluralidade de pensamento.