O ministro Luiz Fux votou pela absolvição total de Jair Bolsonaro dos cinco crimes imputados, gerando divergência significativa no julgamento.
Segundo ele, não é possível vincular o presidente aos eventos de 8 de janeiro apenas com base em discursos políticos, após sessão de 10 horas.
Fux afirmou não haver provas de que Bolsonaro tinha conhecimento do plano "Punhal Verde e Amarelo", classificando a suposta minuta golpista como “carta de lamentação”.
Argumentou ainda que um presidente não pode cometer autogolpe e que questionamentos às urnas eletrônicas são direito político, não crime. Quanto às blitze da PRF, destacou ausência de ordem direta do presidente.
O placar está 2 a 1 pela condenação, com votos de Moraes e Dino contrários à absolvição.
Faltam os votos de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, deixando o resultado em aberto. A divergência de Fux pode influenciar recursos e jurisprudência sobre os limites entre discurso político e crime.