O ministro Luiz Fux apontou falhas no processo contra o presidente Jair Bolsonaro e outros réus, destacando o que chamou de “tsunami de dados”: 70 terabytes entregues às defesas sem prazo razoável para análise.
“São milhões e bilhões de páginas. Isso pode configurar cerceamento de defesa”, afirmou.
Ele lembrou que, em 2021, o STF absolveu acusados em um caso envolvendo apenas 4 terabytes, por considerar que o volume de informações já comprometia o contraditório.
Para Fux, a situação atual é ainda mais grave, uma vez que os arquivos foram liberados somente após a denúncia, restringindo a preparação das defesas e levantando dúvidas sobre a garantia da ampla defesa.