O ministro Luiz Fux tem se destacado como contraponto técnico às decisões de Alexandre de Moraes na Primeira Turma do STF.
Embora não tenha maioria para reverter o mérito da ação, sua postura mais ponderada pode ser decisiva na definição da pena de Jair Bolsonaro, caso o ex-presidente seja condenado.
Advogados avaliam que Fux poderá atuar para evitar punições desproporcionais, como já demonstrou ao discordar das cautelares impostas a Bolsonaro e criticar a pena de 14 anos dada a Débora Rodrigues.
O julgamento está previsto para ocorrer entre o fim de agosto e início de setembro, com expectativa de conclusão até novembro.
A Corte costuma aplicar o voto médio em divergências de dosimetria. Isso poderia beneficiar Bolsonaro, que, mesmo denunciado como líder de uma suposta organização criminosa, corre o risco, segundo especialistas, de receber pena igual ou inferior à de réus com participação menor nos atos.
