O ministro interino da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Laércio Portela, será interrogado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados sobre o polêmico "gabinete da ousadia". Este grupo, revelado pelo Estadão, inclui membros da Secom, do PT nacional e lideranças do partido no Congresso, que utilizam influenciadores para direcionar temas nas redes sociais. Segundo Jilmar Tatto (PT-SP), essas reuniões são baseadas em "metodologia", "ciência" e "expertise", com um claro viés partidário.
O requerimento de convocação foi feito por Ricardo Salles (PL-SP), que alerta para a possível violação dos princípios de neutralidade e imparcialidade do aparato estatal. A audiência com Portela, temporariamente à frente da Secom enquanto Paulo Pimenta atua na Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, promete ser acalorada. Caroline de Toni (PL-SC), presidente da CCJ e apoiadora de Jair Bolsonaro, destaca a gravidade do "gabinete da ousadia" que, segundo ela, articula narrativas para pautar as redes sociais usando recursos públicos, contrastando com as acusações infundadas de um "gabinete do ódio" no governo anterior.
