Os deslocamentos aéreos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a campanha de 2024, custaram R$ 1,4 milhão aos cofres públicos, segundo informações obtidas via Lei de Acesso à Informação. Apesar de a Secretaria de Controle Interno da Presidência afirmar que as viagens mesclaram compromissos oficiais e políticos, o alto custo, aliado à falta de detalhamento sobre distâncias e datas, levanta dúvidas sobre a gestão responsável dos recursos.
Combinando agendas de governo e campanhas partidárias, Lula realizou 12 viagens, abrangendo destinos como São Bernardo do Campo, Fortaleza e Natal, utilizando aeronaves da FAB. Os voos envolveram aeronaves como o Airbus VC-1, com custo médio de R$ 182,48 por quilômetro, e helicópteros que chegam a R$ 24 mil por hora. Embora o PT tenha ressarcido o valor, o total inclui um adicional de R$ 46,5 mil com transporte terrestre.
Especialistas apontam que a ausência de informações detalhadas compromete a transparência exigida em momentos eleitorais. Ainda que a legislação permita a combinação de agendas institucionais, as viagens reiteram a necessidade de maior fiscalização para evitar a percepção de uso abusivo dos recursos públicos em benefício de campanhas políticas.