A Petrobras, gigante estatal brasileira, patrocinou ao longo de 2023 uma série de viagens internacionais para seus funcionários, destinando-se a locais de prestígio com um custo acumulado alarmante de R$ 31.437.904,77 em diárias e passagens. Dentre os destinos escolhidos estão cidades como Orlando e Miami nos Estados Unidos, Amsterdã na Holanda, Paris na França, Londres na Inglaterra e Dubai nos Emirados Árabes Unidos. Os dados relativos a novembro e dezembro ainda estão pendentes de divulgação, mas os números já são expressivos, com o mês de abril apresentando uma despesa notória de R$5,7 milhões, conforme reportado pelo Diário do Poder.
As viagens não se restringiram a destinos convencionais. Em fevereiro, um funcionário empreendeu uma viagem de 11 dias que incluiu Bristol, na Inglaterra, e Paris, a um custo de R$26,2 mil. Janeiro testemunhou uma jornada ainda mais extravagante, levando um funcionário a sete diferentes localidades, incluindo Munique na Alemanha e Xangai na China, com despesas alcançando R$75,6 mil.
Outubro também viu uma viagem notória, com um funcionário passando nove dias entre o Catar e a China. Apesar da duração relativamente curta, a despesa foi substancial, somando R$63,6 mil.
Esses gastos exorbitantes com viagens internacionais por uma empresa estatal como a Petrobras levantam sérias questões. Em um período em que a austeridade fiscal e a responsabilidade com os gastos públicos são demandas prementes, tais despesas luxuosas não apenas refletem uma desconexão com a realidade econômica brasileira, mas também sugerem uma falta de rigor na gestão dos recursos da companhia. Este comportamento, em contraste gritante com as dificuldades enfrentadas pela população, gera dúvidas sobre a eficiência e a ética administrativa no seio da Petrobras, questionando a adequação de tais práticas em uma empresa sustentada pelo erário público.