A despedida de Gene Hackman, um dos gigantes de Hollywood, expôs o lado cruel do Alzheimer. Aos 95 anos, debilitado e sem assistência, ele passou uma semana sem se alimentar ou fazer qualquer ligação. Sua esposa, Betsy Arakawa, faleceu dias antes, e especialistas acreditam que Hackman pode nem ter percebido a perda, revivendo momentos de confusão extrema antes de também partir.
As autoridades do Novo México confirmaram que Betsy, de 65 anos, morreu devido a um vírus raro. O ator, por sua vez, sucumbiu em 18 de fevereiro, sem qualquer auxílio nos últimos dias de vida. Para médicos, a doença pode tê-lo impedido de reagir, tornando sua despedida um retrato angustiante da degeneração cerebral.
A terapeuta Catherine V. Piersol sugere que Hackman "tentou acordá-la, sem sucesso", mas logo se perdeu na própria desorientação. O caso reforça a brutalidade do Alzheimer, uma doença que devasta a mente e expõe o despreparo da sociedade para lidar com seus impactos.
