Em acareação realizada no Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira (24), o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, negou ter recebido qualquer ordem de Jair Bolsonaro para manter manifestantes em frente aos quartéis após a eleição de 2022. Segundo ele, “em momento algum” houve solicitação nesse sentido por parte do então presidente.
A declaração, registrada em ata oficial, foi feita diante do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, também investigado. O general ainda destacou que jamais deu ordem de prisão a Bolsonaro, limitando-se a alertá-lo sobre possíveis implicações legais de medidas extremas cogitadas à época. “Alerta foi dado para que pensasse no dia seguinte”, declarou.
O depoimento reforça a narrativa de que, embora tenha havido discussões nos bastidores, nenhuma ordem de ruptura partiu de Bolsonaro. O general afirmou que seu papel foi técnico, voltado a garantir estabilidade, sem aderir a qualquer plano fora da Constituição.
